quinta-feira, 6 de junho de 2013

    Olá cursistas, Boa Tarde...

“Viajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente!
Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!”(Clarice Pacheco)
  
E AGORA, JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?

E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?

(Carlos Drummond de Andrade)
1. José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Essas possibilidades estão sugeridas:
a) na 5ª e 6ª estrofes.
b) na 1ª, 2ª, 3ª estrofes.
c) na 3ª,4ª e 6ª estrofes.
d) na 4ª e 5ª estrofes.
e) n.d.a.

2. Só não é linguagem figurada:
a) "sua incoerência, seu ódio"
b) "seu instante de febre"
c) "seu terno de vidro"
d) "sua lavra de ouro"

3. Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino,a mais extremada está contida no verso:
a) "se você tocasse a valsa vienense"
b) "se você morresse"
c) "José, para onde?"
d) "quer ir para Minas"
4. Para o poeta, José só não é:
a) alguém realizado e atuante.
b) um solitário
c) um joão-ninguém frustrado.
d) alguém sem objetivo e desesperançado.
5. José é um abandonado. Essa ideia está bem traduzida:
a) na 4ª estrofe
b) na 5ª estrofe
c) no 12º, 13º w 14º versos da 2ª estrofe e nos sete primeiros da 6ª estrofe.
d) no 8º e no 9º versos da 1ª estrofe.

6. "A noite esfriou" é um verso repetido. Com isso, o poeta deseja:
a) deixar bem claro que José foi abandonado porque fazia frio.
b) traduzir a ideia de que José sentiu frio porque anoiteceu.
c) exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra .
d) intensificar o sentimento de abandono, tornando-o um sofrimento quase físico.

7. O verso que exprime concisamente que José é "ninguém" é:
a) "você faz versos"
b) " a festa acabou"
c) "você que é sem nome"
d) "que zomba dos outros"

8. O verso que expressa essencialmente a ideia de um José sem norte é:
a) "José, para onde?"
b) "sozinho no escuro"
c) "mas você não morre"
d) "E tudo fugiu"
POEMA MATEMÁTICO
(Antônio carlos jobim)
Pra que dividir sem racionar
Na vida é sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Por uma fração infinitesimal
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
Está resolvida a questão
Para finalizar vamos recordar
Que menos por menos dá mais, amor
Se vão as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto dois corações se integrar
Se desesperadamente, incomensuravelmente
Eu estou perdidamente apaixonado por você

Alguns animais têm hábitos que podemos considerar curiosos... Os gatos, por exemplo, se lambem para limpar o pêlo. Já os cachorros instintivamente procuram comer certas ervas quando estão sentindo algum mal-estar. Mas tem bicho com hábitos ainda mais intrigantes, como comer pedras! É isso aí! E olha que, em vez de fazê-los passar mal, as pedras exercem funções úteis dentro do organismo.
As pedras engolidas por certos animais são chamadas gastrólitos, que quer dizer 'pedras do estômago'. É dentro deste órgão que elas ficam armazenadas e ajudam a triturar os alimentos e a limpar as paredes estomacais dos parasitos que a infestam.
Além disso, as pedras aliviam a sensação de fome durante longos períodos em que os bichos precisam ficar sem comer, já que ocupam um bom lugar em seu organismo.
Crocodilos, pingüins, focas e leões-marinhos, entre outros animais aquáticos, estão na lista dos engolidores de pedra.
Mas não pensem que os bichos engolem qualquer pedra que vêem pela frente. Eles escolhem com muito cuidado as que vão para sua barriga. Valem as mais lisinhas e bem arredondadas.
(SALVATORE, S. Por que alguns animais comem pedra? Ciência Hoje das Crianças,
Rio de Janeiro, n. 141, nov. 2003. Adaptação.)

01. Os animais que comem pedras escolhem as que são
(A) arredondadas.
(B) macias.
(C) grandes.
(D) pontudas.

02. Em “em vez de fazê-los passar mal”, o termo destacado refere-se a
(A) animais que comem pedras.
(B) cachorros que comem certas ervas.
(C) gatos que se lambem para limpar o pêlo.
(D) parasitos que infestam os animais.

03. Em "Mas tem bicho com hábitos ainda mais intrigantes, como comer pedras!", a palavra "intrigante" quer dizer
(A) ruim.
(B) estranho.
(C) saudável.
(D) doentio.
04. Esse texto que você leu
(A) descreve como alimentar os animais doentes.
(B) informa curiosidades sobre alimentação de alguns animais.
(C) apresenta animais que precisam comer ervas todo o tempo.
(D) explica como os gatos e cachorros se alimentam.

05. Além de triturar os alimentos, as pedras também são úteis porque
(A) limpam as paredes do estômago e aliviam a sensação de fome.
(B) limpam o pêlo e absorvem vitaminas.
(C) aliviam o mal-estar e limpam as paredes do estômago.
(D) ajudam a digerir ervas e matam a fome.



Um gde abraço a todos... Márcia Beatriz

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